Conteúdo produzido por Maria Laura Rodrigues
Quem é fã de plantas deve ter visto que separamos aqui algumas espécies de suculentas com flores para ter em casa. E hoje chegou o momento de falar um pouquinho mais sobre uma delas: a charmosa rosa-do-deserto, que já cativou boa parte da internet. Com flores vibrantes e um caule escultural, típico das suculentas, é fácil perceber por que a planta se destaca.
Origem e clima
Bom, como deve imaginar pelo nome, a rosa-do-deserto está acostumada a climas desérticos! O nome científico desta espécie é Adenium Obesum, e ela é nativa da África, mais especificamente ao sul do deserto do Saara.
Como o nome popular indica, ela aprecia locais de intensa insolação. O ideal para que ela se desenvolva bem é que ela tenha pelo menos seis horas de sol. Alguns falam de quatro a seis horas, mas você vai garantir a floração mais intensa se mantiver a espécie pelo menos seis horas no sol. Você pode até cultivá-la em um regime de insolação menor, mas isso pode diminuir a floração.
Para quem mora em regiões do país com menor incidência solar, como a região sul, é recomendado deixar a planta exposta o maior número possível de horas e também realizar regas menos frequentes, para diminuir as chances de apodrecimento do caule — chamado de caudex. Também nos locais mais frios, é comum que a espécie entre em estado de dormência nos períodos de temperaturas mais baixas. Mas fique tranquilo: existem técnicas específicas para driblar o problema e estimular a floração, como a poda drástica e uma adubação rica em cálcio, potássio e fósforo.
Além das altas temperaturas, a origem da planta indica também que ela está acostumada a muito vento e a poucas chuvas. A partir daí, é possível concluir quais são os maiores erros na hora de cultivar a espécie. O que não podemos fazer de jeito nenhum é deixar o solo encharcado, em locais escuros e pouco oxigenados.
Solo
Por ser uma planta de clima desértico, ela precisa de pouca água, pois já armazena em seu bulbo. O solo ideal é uma mistura de areia com húmus de minhoca. É indispensável também que o solo tenha uma ótima drenagem, para evitar que acumule água.
Atualmente a maioria das lojas de jardinagens e cultivo já dispõem de misturas prontas e específicas para a rosa-do-deserto. Mas caso queira fazer por conta própria, é recomendado utilizar materiais que vão oferecer uma boa drenagem, como areia, cascas e turfas. Uma dica muito interessante para usar nessa mistura é o carvão vegetal, porque ele cumpre muito bem o papel do dreno. Além disso, ele é leve, barato e oferece uma durabilidade muito boa.
Outro erro bastante comum e que pode levar ao surgimento de pragas é o excesso de adubação. Uma quantidade exagerada de nitrogênio no solo, por exemplo, pode atrair pulgões e cochonilhas, além de desbalancear o solo.
Por fim, lembre-se sempre de garantir que o substrato está seco antes de regar a espécie novamente, já que a rosa-do-deserto é extremamente intolerante ao solo úmido demais. Para verificar a umidade, é só tocar o solo com os dedos ou fazer o famoso “teste do palito”.
Como usar no décor?
A rosa-do-deserto é uma planta que chama atenção por si só, então você pode deixá-la brilhar sozinha, sem muitos adornos. Recomendamos sempre usá-la em vasos de tamanho médio. Ela é uma espécie que compõe muito bem ao lado de poltronas, ou em pequenas bacias acima de mesa.
Crescimento lento
Uma última dica é que a rosa-do-deserto demora bastante para crescer. Ela é uma planta de desenvolvimento muito lento, principalmente para mudas oriundas de sementes. Então nesse caso é legal darmos preferência para mudas enxertadas, que crescer mais rápido.
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Aprenda tudo sobre a floração das Rosas do Deserto no vídeo abaixo.