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Ureia que pode ser molhada no cocho é a nova tendência na suplementação do gado no Brasil

Com a proximidade da seca, começa a preocupação que a maioria dos pecuaristas sente nesse período: evitar ao máximo a perda de peso com a falta de pasto. Uma das estratégias mais indicadas é o uso da ureia, fonte de nitrogênio, que auxilia na ingestão de nutrientes importantes para a saúde animal como enxofre, fósforo e outros microelementos que impedem a perda de peso. 

“Durante a temporada de estiagem, a ureia é uma ótima opção para que a propriedade não perca todas as arrobas conquistadas no período das águas. Muitos produtores não a utilizam por medo ou até mesmo por experiências com perda de animais pela intoxicação e falta de adaptação, mas agora temos produtos seguros no mercado que podem ser molhados no cocho e não necessitam desse período de ajustes. Dessa forma, mesmo a propriedade que não tem cocho com cobertura pode fazer uso e se beneficiar do ganho de peso nessa época tão temida na pecuária”, explica José Carlos Ribeiro, especialista em agronegócio pela USP/Esalq e consultor agropecuário da Boi Saúde – Pecuária Inteligente. 

O ganho de peso mesmo com a falta de pasto acontece porque a ureia aliada ao sal garante que as bactérias responsáveis pelo rúmen fazem a digestão do que é fornecido no cocho (ração ou silagem). O resultado é mais energia sendo oferecida ao bovino e como consequência, acontece o aumento do peso. 

O oferecimento pode ser feito para diversos grupos de gado em produção: bois, vacas, matrizes, fase de recria e terminação. 

Uma orientação importante é não servir a ureia sozinha. O responsável pela alimentação e suplementação da fazenda pode misturá-la à ração, feno, cana de açúcar e até no sal proteinado tão importante também para esse período. 

“Com a ureia no cocho, oferecida de forma muito fácil, o gado entrará no próximo período sem perdas e pronto para a fase seguinte de criação ou até mesmo para o abate e ainda sem a preocupação de intoxicação ou perda de animais pelo uso do suplemento, muito comum em nosso país. Como o uso não impacta nas ações na lida e o investimento é baixo, a propriedade consegue ter um bom custo-benefício, principalmente em um ano em que a arroba está com preços satisfatórios”, conclui Ribeiro.

Fonte: Ana Carolina D`Angelis

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