Os casos de raiva em animais crescem no Paraná, com o maior número de notificações na região Oeste, conforme dados da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar). Cerca de 101 registros foram feitos no Estado nos primeiros nove meses de 2022, sendo que, deste total, 91 foram em bovinos.
Após 15 anos sem registro, Cascavel registrou os primeiros casos em meados de 2021. Desde então, 47 animais morreram por raiva em 41 propriedades. “Em 2021 a população de morcegos começou a crescer e os animais acabaram ficando sem a proteção da vacinação, já que, não havendo casos, os produtores deixaram de vacinar. A vacina contra a raiva não é obrigatória, mas de orientação a ser feita em regiões onde estejam acontecendo os problemas”, explica a médica-veterinária e fiscal de Defesa Agropecuária, Luciana Monteiro.
Transmitida por morcegos que se alimentam de sangue, a contaminação também pode acontecer através de arranhões, mordedura ou lambedura de animais infectados. O vírus ataca o sistema nervoso e a doença não tem cura, sendo a vacina a única forma de prevenção.
Em suspeitas de animais com a doença, a Adapar orienta que os animais não sejam sacrificados, porque essa ação pode alterar o resultado do exame.
Vacinação
A vacinação contra a raiva nos animais é recomendada a partir de três meses de idade, reforço após 30 dias e a revacinação anual para controle.
No Paraná, a última morte causada pela doença foi em bovino no fim de agosto, registrada em Toledo, no Oeste do Estado. No município, a Adapar intensificou a vacinação e orienta os produtores para vacinarem seu rebanho em um raio de 12 quilômetros de onde o foco foi identificado. E na área urbana, cães e gatos também estão sendo imunizados.
Em Cascavel, a imunização também está sendo recomendada para rebanhos de bovinos, ovelhas, cabras, suínos, cavalos, cães e gatos na área rural.
Fonte: Com informações do G1