Para aumentar a eficiência na pulverização de produtos é necessário tomar alguns cuidados preditivos, seja com os equipamentos do pulverizador ou com as condições climáticas.
Além do desperdício de produtos, você pode ter gastos com seu pulverizador.
Uma aplicação realizada de modo incorreto, juntamente com a falta de regulagem de seu pulverizador, pode-se refletir em perdas de até 70% dos produtos pulverizados.
Para ter mais eficiência na aplicação, há uma série de variáveis que devem ser consideradas e avaliadas antes da aplicação.
Pensando nisso, separamos algumas delas para você. Confira:
1ª Dica: Regulagem e do pulverizador
A regulagem do pulverizador é imprescindível para uma boa aplicação. Portanto, é necessário verificar o funcionamento das barras, tanque, mangueiras, filtro, regulador de pressão, bomba, bicos e demais componentes.
Todos os componentes devem estar bem regulados, limpos e funcionando para que você tenha menor desperdício de produtos, refletindo em maior economia.
2ª Dica: Volume de calda e tamanho de gotas
Para determinar o volume de calda e bico ideal para sua pulverização é necessário saber o alvo que deseja atingir.
O volume de calda deve garantir a boa cobertura do alvo.
Baixos índices de área foliar também indicam baixos índices de volume de calda, enquanto altos índices de área foliar indicam volumes maiores.
Essa relação não é uma regra, é apenas um parâmetro que pode ser seguido, o importante é conhecer seu alvo: planta daninha, inseto ou doença.
Quanto as gotas, existem 3 tipos de gotas:
- Gotas grandes (> 400 μm): são menos perdidas por derivas e evaporação, mas proporcionam menor cobertura da superfície a ser tratada.
- Gotas médias (200-400 μm): é intermediária as gotas grandes e pequenas, normalmente usadas para produtos sistêmicos.
- Gotas pequenas (<200 μm): possuem alta capacidade de penetração na cultura e melhor cobertura do alvo, mas são mais propensas a derivas.
Gotas finas ou pequenas, são comumente usadas para inseticidas e fungicidas, onde os alvos podem estar na parte inferior das folhas.
Já gotas grossas, são indicadas para produtos com maior propensão de deriva, como é o caso dos herbicidas auxínicos (2,4 D e dicamba).
3ª Dica: Escolha de pontas
A escolha do pontas também pode interferir muito na qualidade de sua aplicação, pensando nisso, separamos um exemplo com algumas informações sobre tipos de bicos e suas indicações:
4ª Dica: Condições meteorológicas
Algumas variáveis como vento, temperatura e umidade relativa, influenciam diretamente na eficiência da pulverização das lavouras.
Saber as condições adequadas dessas variáveis é fundamental para uma pulverização eficiente.
Assim, é aconselhável ter em sua propriedade sensores para verificar essas variáveis, ou consultar sempre uma estação meteorológica antes de planejar suas aplicações.
Vento
Ventos acima de 10 km/h podem ser prejudiciais, pois possibilitam grande risco de deriva, principalmente em pulverizações com gotas finas e médias.
Também não é recomendado realizar aplicações com ventos inferiores a 3 km/h, devido ao risco de inversão térmica, maior potencial de deriva e menor penetração no dossel da cultura.
Temperatura
Altas temperaturas favorecem a evaporação das gotas, principalmente as muito finas. Enquanto temperaturas baixas podem reduzir o metabolismo das plantas e dificultar a absorção.
Por isso é importante verificar a temperatura ideal, recomendada para o seu tipo de gota e produto. Em geral, é de boa prática evitar temperaturas abaixo de 10°C e acima de 35°C.
Umidade relativa
Baixos valores de umidade relativa do ar, geralmente valores abaixo de 60%, podem fazer as gotas secarem rapidamente sobre a superfície da folha.
Além disso, pode ocorrer um engrossamento da cutícula com maior acúmulo de cera, visando impedir a perda de água, porém também dificultando a absorção de produtos.
Horário de aplicação
O melhor horário de aplicação é quando as condições climáticas estiverem dentro das ideais.
Geralmente no período noturno a maioria das condições são atendidas, com isso o tempo de ação da gota nas plantas é maior e maior possibilidade de atingir os insetos.
Entretanto, tome muito cuidado com a ocorrência de inversão térmica e orvalho.
Conclusão
A pulverização em soja é fundamental para alcançar altas produtividades.
Neste artigo vimos os principais tipos de pulverização na soja e alguns cuidados essenciais para o manejo em sua lavoura.
Mostramos também algumas dicas para maior eficiência em sua pulverização na cultura da soja.
Espero que essas informações te ajudem nas pulverizações em sua propriedade.