A doença também conhecida como “baratinha do fígado” era comum apenas no estado de RS. Compromete o fígado bovino e reduz o ganho de peso dos animais em até 25%
Em mais um quadro Papo de Curral produzido pelo programa Giro do Boi, Roulber Silva que é gerente técnico de grandes animais da Boehringer Saúde Animal, foi quem trouxe informações sobre um grave problema que tem atingido diversos rebanhos do país, a fasciolose bovina ou baratinha do fígado. O fato curioso é que há muito tempo, a enfermidade era comum apenas no sul do país, por conta de condições climáticas, frio e úmido.
No ano em que completa 100 anos de existência da doença no país, os registros em outras localidades tem colocado a sanidade animal em risco. Há casos que a enfermidade já foi identificada na região centro-oeste e sudeste do Brasil, Roulber justifica o acontecido por conta do aumento do número de animais em trânsito, que fazem parte dos lotes direcionados para cruzamento industrial, e compra de gado de diversas regiões com destino a localidades diferentes.
A enfermidade é preocupante, e até o descarte do fígado está sendo realizado nos frigoríficos para não comprometer a saúde dos consumidores.
Como identificar
A baratinha do fígado é uma doença subclínica, ou seja, não há sintomas aparentes, porém nos documentos expedidos após o abate de lotes, os chamados romaneios, é possível obter avaliação do que foi condenado na carcaça. E se for o caso, o registro da fasciolose será constatada. Outra forma, não muito comum é a realização de um exame de fezes do bovino, que pode identificar a existência do verme no resultado.
Prevenção
O pasto alagado e regiões úmidas facilitam a proliferação da fasciolose bovina, o melhor remédio é a prevenção, controlando o acesso do gado nessas regiões e aplicar medicação preventiva, para diminuir o número de incidências.
O problema da fasciolose vai muito além da redução de ganhos, Roulber comenta a existência de estudos que comprovam a perda de peso do animal infectado em até 25%.
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