A taxa de prenhez é o índice mais eficiente para monitorar o desempenho reprodutivo do rebanho bovino, de acordo com os especialistas.
O cálculo da taxa de prenhez (TP) pode ser realizado na estação de monta ou em intervalos menores.
Em suma a TP indica o número de fêmeas prenhes em relação ao número de fêmeas introduzidas no programa reprodutivo, e pode ser calculada assim:
Taxa de Prenhez
É sobretudo desejável que seja medida em diferentes categorias: novilhas, vacas primíparas, vacas secundíparas e vacas multíparas.
O resultado menor do que a média de outros rebanhos, pode ser indicativo de qualidade nutricional inadequada, baixa fertilidade do touro, doenças reprodutivas, percentuais maiores de abortos ou interação genótipo-ambiente.
Para haver uma taxa de prenhez alta e eficiente, é necessário que o produtor se organize antecipadamente, ao longo das fases reprodutivas das vacas e nas épocas de seca.
A reprodução é uma função do organismo extremamente complexa e dependente de uma grande diversidade de fatores, como:
- Nutrição;
- Sanidade;
- Conforto térmico;
- Raças;
- Nível de produção.
O manejo auxiliará na avaliação do estado nutricional e sanitário dos animais, para retorno das atividade reprodutivas, tanto na observação do cio e da IA (Inseminação Artificial), como no comportamento sexual e qualidade seminal do reprodutor, a fim de melhorar a eficiência reprodutiva,
Então, vamos a algumas dicas de como melhorar a taxa de prenhez?
- Faça o manejo nutricional adequado para esse momento e controle a condição corporal das categorias do rebanho.
- Aguarde o desenvolvimento total do trato reprodutivo das novilhas antes de submetê-las ao primeiro serviço.
- Avalie a qualidade do sêmen: armazenamento e descongelamento do sêmen utilizado na IA e sanidade e fertilidade de touros na monta natural.
- Conscientize os inseminadores da importância que um bom desempenho de funções, exerce nesse segmento, invista na capacitação da mão de obra.
- Monitore o peri parto, é necessário para, minimizar a perda de peso e a ocorrência de transtornos puerperais.
- Respeite o período de espera, ele pode variar de acordo com: raça, grau de sangue das vacas, ordem de parto e doenças puerperais.
- Adoção de protocolos hormonais pode vir a ser uma alternativa para aumentar a taxa de prenhez em rebanhos com baixa taxa de detecção de cio.
- Não descuide do bem-estar animal e da sanidade do rebanho, doenças infecciosas podem levar à abortos, mortalidade embrionária e repetição de cios.
A maioria das dicas acima consistem na correção do manejo e não demandam alto investimento.
Lembre-se que uma fêmea pronta para emprenhar é aquela que obteve oferta de forragem, suplementação e pasto rico em nutrientes, se isso não ocorrer, a taxa de prenhez pode ser menor que 60%, afinal a condição corporal da vaca é determinante para bons índices reprodutivos.
Portanto, produtor, planeje-se juntamente aos inseminadores e veterinário responsável pelo acompanhamento reprodutivo, isso será primordial para o sucesso da taxa de prenhez.
Afinal quanto maior a TP, maior o número de vacas prenhes no terço inicial da lactação, menores serão os dias improdutivos e a chance de descartar vacas secas e vazias. Consequentemente, maior será a lucratividade do seu sistema de produção.