O cuidado com o desenvolvimento e o crescimento das plantas é constante, então, para garantir que elas tenham os nutrientes necessários, a adubação foliar pode ser uma ótima escolha
O crescimento e fortalecimento das plantas, de agricultura ou jardinagem, exigem que os nutrientes estejam “em dia”. Todas as plantas precisam de macro e micronutrientes e nem sempre eles são encontrados naturalmente no solo, então, para suprir essa ausência, produtores costumam usar fertilizantes. A forma mais comum e conhecida é a aplicação na terra, mas há uma técnica diferente: a adubação foliar.
O que é adubação foliar?
A mistura inclui água e o fertilizante foliar, que é especialmente desenvolvido e produzido para essa técnica. A aplicação é realizada de forma bastante simples, com o uso de um pulverizador que dispensa a mistura sobre todas as folhas das plantas.
Mas, afinal, a adubação foliar é mais eficaz do que a convencional via solo? A resposta é “sim”. Os resultados são mais assertivos, uma vez que, na terra, é necessário suprir a demanda com rapidez, especialmente se a planta estiver em fase de crescimento, para garantir seu desenvolvimento. Além disso, a aplicação via solo pode ser prejudicada por alguns fenômenos, como a lixiviação, que diminui a absorção porque os nutrientes acabam sendo “lavados” com a força da água, inviabilizando o processo.
A adubação foliar pode impulsionar e potencializar a produtividade proporcionando uma resposta rápida às plantas. O principal benefício é a maior absorção dos micronutrientes, como zinco, cobre, ferro e boro, essenciais para que a planta possa se desenvolver e produzir. Quando esses micronutrientes estão baixos ou em falta, a planta tem diversos prejuízos relacionados à produção de frutos, floração e crescimento.
Além dos benefícios diretos na produtividade e saúde das plantas, a adubação foliar traz vantagens para a administração, logística e finanças das propriedades. Em um primeiro momento, o valor dos produtos pode fazer pensar que não, mas o custo-benefício faz com que essa ideia mude. Os produtos também podem ser aplicados com defensivos agrícolas, o que reduz a necessidade de mão de obra e, consequentemente, os custos. Outra vantagem é a facilidade de transporte e armazenamento dos fertilizantes foliares, tornando a compra e a organização de estoque mais simples para os produtores.
Como fazer a adubação foliar?
Em grande escala, para produções em massa, existem diversos produtos encontrados em lojas especializadas que já fornecem a solução que deve ser aplicada nas folhas. Nesses casos, a concentração e a mistura das soluções já são compatibilizadas quimicamente para garantir sua eficácia e, ainda mais importante, não prejudicar as plantas. A fórmula incorreta pode até mesmo levar as plantas mais sensíveis à morte, por isso é importante adquirir produtos certificados em estabelecimentos especializados.
A adubação foliar deve ser feita no momento em que a planta não está captando água com tanta intensidade, o que significa que ela não estará com déficit hídrico. A aplicação deve ser realizada com bicos pulverizadores, que previnem o acúmulo de gotas muito grandes que podem molhar em excesso a folhagem. Além disso, a formação de gotas pode agir como uma lente para a luz do sol, ocasionando queimaduras nas folhas.
O uso de pulverizadores adequados ajuda a potencializar a quantidade de gotículas que se fixam nas folhas, aumentando a absorção. A técnica de pulverização deve, ainda, abranger as superfícies inferior e superior da folha, facilitando o processo. Se a adubação foliar foi pensada para o jardim, basta utilizar um borrifador para pulverizar pequenas gotas. A indicação é que esse processo seja feito no fim do dia, para maximizar a absorção e evitar que as folhas sofram com queimaduras solares.
Fontes: Bel Agro, Agrolink e Boas Práticas Agronômicas.