No Brasil a criação de gado é um dos ramos empresariais mais valiosos, que rende lucro para quem trabalha corretamente no setor. Devido ao alto consumo de carne pela população brasileira e também no exterior, a pecuária de corte é a modalidade mais comum e mais famosa, sendo uma ótima alternativa de empreendimento.
Para investir nessa área, o pecuarista deve possuir uma propriedade com razoáveis condições de pastagens e adquirir matrizes com genética comprovada e touros provados que proporcionem bons bezerros. O consultor técnico da Bellman Trouw Nutrition, Térssio Ramalho, destaca mais um ponto importante. “Os proprietários que desejam fazer a recria e engorda devem comprar animais de boa qualidade que não passaram por restrição alimentar muito severa”, completa.
O pecuarista precisa estar consciente que ele não é apenas um criador de boi, mas também um produtor de carne. Para isso, é importante prestar atenção nas raças especializadas nessa função. “A raça Nelore é a mais difundida no Brasil devido à sua rusticidade. Além disso, existem algumas raças europeias como Angus, Hereford, Senepol e Simental, que produzem uma excelente carne. Também há raças compostas como Canchim, Brangus e Braford”, destaca Ramalho.
O consultor diz ainda que o sucesso da criação surge também de pontos estruturais que a fazenda deve ter. “Um curral de manejo para aplicação de vacinas e vermífugos, bebedouros em cada divisão de pasto, cochos adequados ao tipo de suplemento que se deseja fornecer e animais de lida para manejar os bovinos”, afirma.
Inicialmente, o proprietário precisa construir uma moradia e um curral, e, logo depois, adquirir equipamentos para o manejo adequado, como arriamento e tralha de trabalho, trator básico para distribuição, utilização de insumos e manutenção de suplementos.
Para uma criação considerada “cinco estrelas” é necessário a divisão das categorias dos bovinos em matrizes paridas, matrizes prenhas, matrizes vazias e recria. “Com funcionários bem qualificados e comprometidos com o trabalho, fica fácil fazer essa divisão e organizar o sistema produtivo para auxiliar na logística da fazenda, garantindo boa nutrição, manejo e controle sanitário do criadouro”, finaliza Térssio Ramalho.
Por: Bianca Sandrine | Canal Rural