Por: Maria Laura R. Gomes
Quando falamos em produtividade agrícola, sabemos que muitos elementos entram em cena, como adaptação da cultura ao clima local, controle de pragas que possam prejudicar o crescimento da produção e adubação correta, por exemplo.
Para ajudar você a entender como aplicar fertilizante da melhor forma, preparamos este material com tudo o que é preciso saber sobre o assunto: o que é adubação, quais são os tipos de fertilizantes existentes, como as tecnologias mais recentes estão mudando o mercado e de que forma você pode se beneficiar delas. Confira!
O que é adubação?
Falando de forma simples, adubação nada mais é que a aplicação de fertilizantes naturais ou sintéticos no solo para aumentar a nutrição das plantas, com vistas a uma maior produtividade.
Assim, quando alguém compra esterco e aplica no jardim de casa, está realizando um tipo de adubação. Da mesma forma, ao fazer compostagem com cascas e restos de frutas e verduras para aplicar nas plantas domésticas, também está adubando.
Os fertilizantes podem ser de origem orgânica ou sintética. Os orgânicos, como o derivado da compostagem, por exemplo, liberam nutrientes de forma mais lenta no solo, porém apresentam menor impacto ambiental. Já os sintéticos, de origem geralmente mineral, apresentam um resultado mais imediato, mas requerem maiores cuidados na aplicação.
Por isso, dependendo do tipo de fertilizante que é aplicado, é preciso estar atento aos sinais que a própria planta apresentará, no sentido de se a adubação está sendo feita de forma correta, com uma aplicação adequada.
Para que a planta cresça saudável, ela precisa de 16 elementos. Destes, o carbono, o oxigênio e o hidrogênio são retirados do ar, e o restante é extraído do solo. É nesse grupo de 13 elementos extraídos do solo que a adubação vai agir.
Os chamados macronutrientes de maior importância são: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), enxofre (S) e Magnésio (Mg). Os outros sete são chamados micronutrientes, e não necessitam de aplicações tão constantes.
Tipos de fertilizante
Os fertilizantes, como vimos, podem ser de dois tipos: orgânicos ou sintéticos. Eles ainda podem vir em duas formas: líquidos ou secos. Embora não haja diferença na quantidade de nutrientes ofertada por cada tipo, existem diferenças quanto à aplicação e a logística de manuseio dos fertilizantes que podem levar o produtor a preferir esse ou aquele tipo.
Os fertilizantes secos geralmente vêm na forma de grãos, e costumam ser aplicados em faixa (à lanço) ou incorporados ao solo no momento do plantio.
Algumas das suas vantagens são a facilidade de armazenamento, o custo reduzido em grandes quantidades e a opção de liberação mais lenta (como exemplo, temos a ureia revestida com polímero).
Os fertilizantes líquidos têm ganhado bastante popularidade nos últimos anos, e podem ser aplicados no solo ou através de aplicação foliar. Quando aplicados diretamente nas folhas, os nutrientes estão mais prontamente disponíveis, e são absorvidos mais rapidamente pela planta. Entretanto, a disponibilidade de nutrientes nesse tipo de aplicação é mais curta, e não continua para o resto da estação de crescimento. Por isso, as aplicações foliares são mais recomendadas para corrigir deficiências da meia-estação ou para suplementar nutrientes aplicados diretamente no solo.
As principais vantagens do uso de fertilizantes líquidos são a facilidade de manuseio, aplicação e mistura, a uniformidade da aplicação e a possibilidade de mistura com produtos de proteção das culturas.
O adubo orgânico é aquele desenvolvido a partir de restos de vegetais, como cascas e talos, e de elementos de origem animal, como farinha de ossos e esterco animal. Apresentam ação mais lenta, liberando os nutrientes gradualmente. Também não oferecem risco algum às plantas, pelo contrário: favorecem a aeração do solo, criando uma estrutura mais porosa, que favorece a oxigenação das raízes.
Os fertilizantes sintéticos são aqueles de origem mineral, e podem apresentar maior ou menor quantidade de determinados nutrientes. Dessa forma, é possível encontrar fertilizantes sintéticos com composições diferentes, desenvolvidos especificamente para determinados cultivos e para serem aplicados em momentos específicos do desenvolvimento da planta.
Um exemplo prático: a batata
Um exemplo prático que podemos citar da importância de como aplicar fertilizante no momento certo, estando atento às necessidades da planta, é o da batata. Como qualquer outra planta, a batata dará indícios de falta de nutrientes, que podem ser observados tanto em laboratório, com coleta de amostras, quanto a olho nu por um profissional devidamente treinado.
Abaixo, citamos alguns sintomas de deficiência de macronutrientes:
- nitrogênio (N): plantas pouco vigorosas, de crescimento lento e com clorose das folhas. Produzem tubérculos pequenos e em menor quantidade;
- fósforo (P): os folíolos ficam enrugados, de coloração verde-escuro, sem brilho e curvados para cima. As raízes são reduzidas em número e comprimento e a produção é reduzida;
- potássio (K): plantas pequenas e compactas, de aparência murcha. As margens e os ápices das folhas mais velhas apresentam margens amarelas e podem chegar à necrose;
- cálcio (Ca): a planta apresenta crescimento reduzido, com caules e folíolos finos, e as folhas mais jovens ficam menores e enrugadas. Em estágios mais avançados, pode haver desenvolvimento de pontos mortos devido à baixa disponibilidade de cálcio para os tubérculos;
- magnésio (Mg): amarelecimento entre as nervuras foliares seguido de necrose marrom, sobretudo das folhas mais velhas. As folhas enrolam para cima, até se tornarem grossas e quebradiças;
- enxofre (S): as folhas mais jovens ficam cloróticas e não apresentam crescimento mas, diferentemente do que acontece na deficiência de nitrogênio, não costumam secar.
Como você viu, existem indícios muito visíveis nas plantas da deficiência de cada um dos macronutrientes que apresentamos. Uma vez identificadas as carências do solo por meio dos sinais presentes no plantio, é preciso realizar uma análise do solo para, só então, fazer a aplicação dos fertilizantes nas concentrações necessárias a fim de restabelecer a boa nutrição e a maior produtividade dos cultivares.
Como aplicar fertilizante?
Uma vez feita a análise do solo e determinado o tipo de fertilizante que será aplicado e em quais quantidades, é chegada a hora da adubação. Aqui, existem diferentes técnicas que podem ser escolhidas pelo produtor, dependendo do maquinário disponível, do tipo de fertilizante a ser utilizado e do momento em que será feita a adubação.
Tipos de aplicação
Entre as formas de aplicar o fertilizante, quatro se destacam no cenário agrícola: a aplicação na semeadura, a lanço, as irrigações e por pulverização.
Aplicação por semeadura
O fertilizante aplicado na semeadura, como o nome sugere, é aplicado em conjunto com a operação de plantio, sendo depositado no solo pouco abaixo das sementes. Nessa técnica, você tem a vantagem de que, quando a semente é aplicada no solo, ele já tem disponível os nutrientes necessários, o que permite um desenvolvimento mais rápido na fase inicial.
Entretanto, a planta também necessitará de nutrientes durante todo seu ciclo de vida, e não apenas no momento do plantio. Dessa forma, mesmo aplicando uma grande quantidade de nutrientes na semeadura, será preciso realizar outras adubações pensando em uma melhor produtividade. Além disso, a adubação simultânea com o plantio pode reduzir a eficiência da plantadeira, uma vez que você tem que parar a máquina mais vezes para abastecer com fertilizantes do que com sementes.
Adubação a lanço
Na adubação a lanço é possível parcelar as doses de fertilizantes que são aplicadas na cultura ao longo do seu ciclo de vida. Isso pode ser realizado antes da germinação das sementes ou em cobertura, que é quando a planta já está em estágios mais avançados de desenvolvimento.
Nessa técnica, o fertilizante é depositado em discos giratórios com pás, que espalham o produto na lavoura em uma faixa predeterminada. A adubação a lanço tem sido a escolha de muitos agricultores, pois apresenta alto rendimento na operação, além de oferecer a possibilidade de parcelar a nutrição da planta durante seus estágios de desenvolvimento.
Aplicação pneumática
Nessa técnica o fertilizante é conduzido para as linhas individuais de plantio, por meio de tubulações e assistência de ar. Utilizado para culturas que apresentam espaçamento entre linhas de plantio mais elevado (como a cana-de-açúcar), nas quais a aplicação na linha se torna mais eficiente e sem desperdício para as áreas em que as raízes não alcançariam o fertilizante absorvido pelo solo.
Aplicação por irrigação
A adubação por irrigação, ou fertirrigação, como o próprio nome indica, consiste na diluição de uma fórmula líquida, a qual é aplicada na lavoura por meio dos pivôs de irrigação já instalados ou mesmo do sistema de irrigação por gotejamento. Ao trabalhar com adubação por irrigação, é interessante que você dê uma atenção especial aos parâmetros de irrigação para conseguir a cobertura necessária para garantir um funcionamento adequado dos agroquímicos.
Adubação por pulverização
Por fim, temos a adubação por pulverização, ainda pouco difundida no Brasil. Aqui, você faz uma diluição do fertilizante em água e aplica sobre a lavoura por meio do pulverizador, como se fosse uma cauda calda de defensivo químico. A absorção desse tipo de adubo se dá por meio das folhas.
A melhor técnica para cada tipo de fertilizante
Embora a escolha da técnica de adubação e do fertilizante ideal dependa de muitos fatores, como as condições do solo e do clima, ou de quais plantas estão sendo cultivadas e em que estágio de desenvolvimento elas se encontram, alguns tipos de fertilizante apresentam um ótimo desempenho quando associados a determinadas técnicas, como podemos ver:
- adubação junto com o plantio: ideal para fertilizantes químicos e granulados;
- adubação a lanço: ideal para fertilizantes químicos e granulados, orgânicos e produtos em pó para correção do solo (calcário e gesso);
- adubação por irrigação: essa técnica é mais recomendada para fertilizantes líquidos, uma vez que é feita junto à irrigação da lavoura;
- adubação por pulverização: ideal para o uso de fertilizantes foliares, também diluídos.
Posso misturar fertilizantes diferentes no depósito?
Muitas vezes, o produtor deseja obter os benefícios de diferentes tipos de fertilizantes e, ao mesmo tempo, evitar várias aplicações, ganhando em tempo e produtividade. Além disso, ainda é prática comum entre muitos agricultores misturar até cinco produtos no tanque.
Fica, entretanto, a dúvida: é indicado misturar fertilizantes diferentes no depósito? E a resposta é: depende.
Nós sabemos que os fertilizantes podem ser granulares, em pó ou orgânicos, e é importante evitar misturas entre fertilizantes de tipos diferentes (granulares e orgânicos, por exemplo), pois eles podem apresentar tempos de ação diferentes no solo, além de, em alguns casos, ocasionar problemas mecânicos, como o entupimento dos sistemas de aplicação da adubadora, além de perda de eficiência e qualidade na aplicação
Além disso, ao misturar fertilizantes, é muito importante estar atento à compatibilidade química dos compostos, como veremos a seguir.
Compatibilidade dos fertilizantes
Além de atentar para que não misturar fertilizantes de tipos diferentes, é preciso também ter em mente o nível de compatibilidade entre os diferentes adubos de um mesmo tipo.
Como vimos, as plantas necessitam de 16 nutrientes diferentes para crescerem bem, com boa produtividade e garantindo a qualidade do produto final. Logo, os diferentes fertilizantes vão conter concentrações maiores ou menores de diversas substâncias químicas, destinadas a entregar esses nutrientes para as plantas.
Por isso, os fertilizantes são classificados entre si em três tipos, com base na sua interação química: compatíveis, semicompatíveis ou incompatíveis. Entenda:
- compatíveis: chamamos de misturas compatíveis aquelas em que não há alteração das estruturas químicas e físicas dos fertilizantes, como é o caso da ureia com cloreto de potássio, por exemplo. O MAP, por exemplo, é compatível com adubos nitrogenados e com superfosfatos, ao passo que o sulfato de amônio é compatível com todos os nitrogenados;
- semicompatíveis: são misturas mais instáveis, que devem ser feitas imediatamente antes da aplicação. Ureia com superfosfatos e DAP com superfosfatos são alguns exemplos;
- incompatíveis: são os fertilizantes que nunca devem ser misturados entre si. Alguns exemplos são: ureia com termofosfatos, nitrato de amônio ou nitrocálcio. Escórias e termofosfatos costumam ser incompatíveis com grande parte dos fertilizantes, motivo pelo qual se recomenda sempre pesquisar cada caso individualmente.
É verdade que, quanto mais eu adubar, pior meu solo vai ficar?
Não. O impacto negativo no solo de uma eventual adubação excessiva é muito pequeno. É interessante, porém, estar atento às quantidades ideais de fertilizantes, tanto quanto ao momento da aplicação.
O que acontece é que muitos produtores adubam em excesso, acreditando que, com mais nutrientes, o desenvolvimento da lavoura vai se dar de forma mais rápida ou com uma maior produtividade.
A planta, porém, tem uma capacidade limitada de absorção útil dos nutrientes, de modo que o excedente ficará no solo e provavelmente se perderá, causando mais prejuízos financeiros que danos ao solo.
A importância da análise do solo
Antes de proceder a adubação, é fundamental fazer a análise química do solo. É por meio dessa avaliação que o produtor obtém um retrato das condições atuais do solo, podendo então identificar deficiências e escolher o fertilizante que melhor vai preparar o terreno para a cultura desejada.
De acordo com as orientações da Embrapa Solos, essa análise deve ser feita por laboratórios credenciados, e seus resultados devem ser interpretados por um Engenheiro Agrônomo, que poderá então fazer as recomendações de adubação e correção de acidez do solo.
A análise do solo pode ser feita em qualquer época do ano, mas recomenda-se que seja feita três meses antes do início do plantio. Dessa forma, o produtor terá tempo para realizar eventuais correções no solo.
Também é necessário ter em mente que as amostras devem ser retiradas de áreas de solo homogêneo. Ou seja, deve haver uniformidade quanto à cor, drenagem, posição na encosta, textura e histórico da área.
As amostras devem ser de áreas não superiores a 10 hectares (as chamadas glebas). A área precisa estar seca no momento da coleta e não pode ser localizada próxima a galpões, residências ou depósitos de defensivos ou de fertilizantes.
Após delimitado o lote que será analisado, respeitando o tamanho limite de 10 hectares, o produtor deverá percorrer o terreno em zigue-zague, coletando cerca de 20 amostras ao todo — que devem ser superficiais, não ultrapassando 20 centímetros de profundidade.
Todas as amostras de um mesmo lote devem ser misturadas e, então, o produtor deve coletar uma amostra final de 500 gramas. É essa amostra que será submetida à análise laboratorial.
Aumentando a produtividade com uma oferta maior de nutrientes
Se a adubação em excesso não traz um aumento em produtividade que valha a pena, então como o produtor pode aumentar sua produção?
Uma das formas de garantir um incremento na produtividade é fazer a calagem e a gessagem do solo. Essas duas técnicas visam preparar o solo para o plantio, corrigindo a acidez e aumentando a oferta de nutrientes para além da superfície.
Calagem
A calagem é uma técnica de correção do solo que visa ajustar a acidez e aumentar a oferta de nutrientes, por meio da aplicação sobretudo de calcário, um insumo de baixo custo facilmente encontrado no mercado. As aplicações devem ser feitas de maneira uniforme e dentro de um intervalo de três meses antes do plantio, visto que sua ação no solo é lenta.
Além da elevação do pH do solo, a aplicação de calcário também aumenta a atividade microbiana, eleva a oferta de cálcio e magnésio, diminui a fixação do fósforo, aumenta as cargas negativas do solo (elevando sua CTC efetiva) e corrige a toxidez por alumínio, manganês e ferro.
Gessagem
Subproduto concentrado da indústria de fertilizantes fosfatados, o gesso agrícola é uma excelente fonte de cálcio e de enxofre para os cultivos.
A gessagem é uma técnica de manejo do solo em profundidade que promove uma reconfiguração nas camadas abaixo da superfície, disponibilizando potássio e magnésio, neutralizando o alumínio tóxico e garantindo a eficiência do fornecimento de cálcio e enxofre.
Dessa forma, a gessagem facilita o desenvolvimento dos sistemas radiculares em profundidade, intensificando a captação e o aproveitamento de água e nutrientes do solo, tornando a lavoura mais resistente a períodos de estresse hídrico e veranicos, ao contrário do que muitos acreditam.
Recomenda-se sempre que a aplicação do gesso agrícola seja feita em conjunto com a calagem, e é importante não exagerar nas doses de gesso para evitar a lixiviação de potássio e magnésio.
Como uma adubadora pode me ajudar?
Como vimos anteriormente, existem diversas técnicas de adubação, e cada uma delas apresentará vantagens para o produtor, dependendo dos objetivos que deseja alcançar.
Entretanto, mesmo usando as melhores técnicas aliadas aos melhores insumos do mercado para a sua lavoura, você não conseguirá ter uma produtividade elevada a menos que tenha a seu dispor um maquinário igualmente eficiente com o qual possa contar.
Uma máquina de qualidade permite que você adapte os padrões de dosagem e a distribuição de fertilizantes de forma fácil e precisa, adequando-se perfeitamente às necessidades reais da sua lavoura e aumentando sua produtividade.
A linha de adubadoras da Jacto traz até você tecnologia de ponta, como as adubadoras a lanço Uniport 5030 NPK, com reservatório de 5.000 kg e faixa de aplicação de até 50 metros, e a Tellus 10.000 NPK, com capacidade de reservatório de até 10.000 kg e faixa de aplicação de até 50 metros. Destaca-se ainda a a Uniport 3030 NPK, adubadora pneumática desenvolvida especificamente para a cultura da cana-de-açúcar, com capacidade para 3.000 kg de fertilizantes e aplicação em dez linhas de plantio simultâneas.
As nossas adubadoras a lanço têm diferenciais tecnológicos exclusivos, que possibilitam um novo patamar para a adubação a lanço.
Sistema PrecisionWay
É a tecnologia utilizada para controlar a dosagem, ponto de queda do fertilizante nos discos e formato das pás, permitindo distribuir os insumos na dose certa, em ampla faixa, com qualidade e uniformidade. A faixa de aplicação é regulada facilmente por meio de um sistema automático que varia o ponto de queda do fertilizante nos discos de distribuição. Os discos e pás com design exclusivo oferecem maior uniformidade em toda a faixa de aplicação.
“Somente o ponto de queda do fertilizante no disco é necessário ajustar para que se obtenha a regulagem da faixa de aplicação. É um processo fácil, rápido e confiável. Pode ser feito automaticamente, pelo display que fica dentro da cabine”
SmartSet
O SmartSet é um website que contém toda a informação necessária para auxiliar no ajuste da faixa de aplicação. Simples e confiável, é uma ferramenta prática e que acelera o tempo de calibração da máquina pelo operador, permitindo uma aplicação de maior qualidade sempre. São apenas quatro passos fáceis para obter o ajuste da faixa de aplicação.
“No caso dessas adubadoras, como já foi dito, o ponto de queda em que o fertilizante cai no disco é fundamental para determinar a largura da faixa de aplicação. O SmartSet contém um software com um banco de dados com mais de 1000 fertilizantes testados. Basta que o agricultor entre com informações do seu fertilizante, informações do seu equipamento e a largura da faixa de aplicação que deseja e o site retorna com a indicação de regulagem do ponto de queda do fertilizante no disco”.
Controle de bordadura
O controle de bordadura é uma função muito importante que ajuda a reduzir erros de aplicação nas operações de bordadura, evitando aplicar fertilizante em áreas não desejadas, como carreadores e áreas de preservação. O sistema consiste em uma pá, com formato diferenciado e exclusivo para as operações que não estão no centro do talhão. Essa função possibilita modificar o perfil de distribuição para a borda permitindo uma maior qualidade de aplicação, economia de fertilizantes e proteção ambiental.
“Até então, as adubadoras a lanço não ofereciam precisão em termos de adubação nas bordaduras do talhão e, geralmente, o agricultor precisa escolher se vai desperdiçar muito fertilizante para os carreadores ou áreas de preservação, se quiser ter a dose correta na borda, ou se vai prejudicar a aplicação na borda, com dose menor, para não desperdiçar fertilizante. Isso acontece porque as máquinas mais comuns não têm um controle de bordadura, que altera o perfil da distribuição do fertilizante lançado para a borda. Problema minimizado com essa ferramenta disponível nos dois modelos”.
Controle automático de seções
Esse controle, que ainda está sendo desenvolvido e tem previsão de liberação para 2019, permite a segmentação da faixa de aplicação em até 12 seções, controladas automaticamente. Trata-se de um sistema inovador, que traz para a operação de adubação uma importante redução no custo de aplicação, ao fechar e abrir as diferentes seções, minimizando as sobreposições nas entradas e saídas da bordadura. A redução do consumo de fertilizantes pode chegar até 15% com esta tecnologia.
E então, o que achou das nossas dicas sobre como aplicar fertilizante de forma mais eficiente? Como vimos, com o conhecimento adequado e o uso das melhores tecnologias, é possível não apenas gerar produtividade e economia, mas também ajudar a reduzir os impactos do agronegócio no meio ambiente.