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É HORA DE PLANEJAR A ALIMENTAÇÃO DO GADO NA SECA

É no inverno que o boi sanfona – aquele que engorda nas chuvas e emagrece na seca aparece, mas é agora que o produtor deve trabalhar para evitá-lo. Planejamento é a palavra-chave para que o pecuarista consiga minimizar o impacto da sazonalidade de chuvas.  

Na seca, principalmente em fazendas onde não há forragem específica para o inverno, o gado costuma se alimentar dos brotos de pasto, prejudicando o desempenho tanto dos animais quanto da própria pastagem. Com uma estimativa do rebanho e da capacidade de produção de forragem dos pastos, é possível, por exemplo, separar um pasto na época de chuvas para que o gado possa se alimentar dele na seca. É um método barato, mas exige do produtor um mínimo de planejamento para que o pasto fechado não faça falta antes e que o capim seja suficiente para alimentar o rebanho na ausência das chuvas. 

Se isso não for possível, e para não precisar comprar alimento produzido fora da propriedade, o pecuarista pode plantar cana, fazer silagem ou feno na própria fazenda. Esse procedimento também deve ser planejado com antecedência para que o alimento esteja pronto na época e na quantidade certas. O produtor precisa saber quantos animais alimentará na seca, qual seu peso aproximado para essa época e por quanto tempo deverá ficar sem chuvas, lembrando que cada UA (unidade animal, 450 kg de peso vivo) come cerca de 10 kg de matéria seca por dia. Com esses dados, o pecuarista poderá avaliar se é melhor reduzir o rebanho ou optar por uma das alternativas para produzir alimento.

Sem um planejamento, a propriedade acaba sofrendo durante todo o ano porque assim que as chuvas recomeçam surge o problema de pastejamento em excesso. Com fome, o gado come o capim assim que ele nasce, logo nos primeiros brotos. O capim enfraquece e o gado deixa de aproveitar todos os nutrientes que ele poderia oferecer. Fraco, o capim demora para nascer novamente e perde espaço para ervas daninhas e para a degradação do solo.  Com planejamento, o produtor mantém o valor nutritivo do pasto durante as chuvas, o gado aproveita o pasto sem degradá-lo e, na próxima estação da seca, consegue-se evitar o efeito boi-sanfona na propriedade, evitando perdas econômicas.

Um bom planejamento nutricional deve levar em consideração as necessidades fisiológicas das diferentes categorias e os níveis nutricionais do alimento oferecido no período. Quando temos oferta de capim, mesmo seco, podemos lançar mão de ferramentas que favoreçam o aproveitamento desse capim e que forneçam os nutrientes que estão em déficit. Vale lembrar que o nutriente mais importante para a vida é a água. Bovinos consomem de 10 a 20% do seu peso vivo em água por dia, então precisamos garantir o volume, a qualidade e o acesso a esse nutriente tão essencial.

Nesse período seco do ano as pastagens acabam perdendo valor nutricional, o que o produtor deve fazer para que seus animais não percam peso e continuem saudáveis durante este período?

 Para manter sua condição corporal e o bom funcionamento do rúmen, os bovinos devem consumir diariamente no mínimo 2% do seu peso vivo em matéria seca, e esta deve conter o mínimo de 7% de proteína. No período seco, toda qualidade nutricional do capim está reduzida, porém o fator limitante nesse período é proteína,que não atinge  o mínimo necessário para o animal manter suas funções, então devemos fornecer um suplemento mineral proteico com fontes de energia, sendo que uma parte dessa proteína pode ser uma “falsa” proteína (nitrogênio não proteico) originária de ureia, e o restante de grãos que também fornecem energia, possibilitando o bom funcionamento do rúmen, a manutenção do escore corporal e até ganho de peso.

Nesta época de seca quais são os prejuízos pela má mineralização dos animais?

As pastagens brasileiras no geral são deficientes em macro e micro minerais, o que torna a suplementação indispensável o ano inteiro. Como foi dito, o limitante na seca é proteína, porém a parte mineral do capim que já é baixa nas águas, reduz ainda mais na seca, e quando as necessidades dos animais não são atendidas,temos diversos prejuízos, que variam entre baixa na imunidade, menor ganho de peso, menor produção de leite, atraso na recuperação do parto, enfim, vários índices produtivos são prejudicados quando a mineralização é inadequada.

A correta suplementação das vacas no período seco melhora a taxa de prenhez? De que maneira?

Com certeza! O manejo de pasto e a correta suplementação que possibilitem a vacada manter uma correta mineralização e uma boa condição corporal no momento do parto, faz com que o puerpério (período de recuperação pós-parto) seja menor, e que essas vacas retornem o quanto antes a ter cios férteis, melhorando a taxa de prenhez e possibilitando maior número de bezerros do cedo.

E o bezerro também é beneficiado através dessa suplementação?

O bezerro será o reflexo da nutrição fornecida para a vaca, pois desde o momento da concepção, todos os nutrientes necessários para a formação e desenvolvimento desse bezerro dependem exclusivamente da nutrição fetal. Ou seja, quando fornecemos as condições necessárias para as vacas manter seu escore corporal e suas funções fisiológicas, estamos permitindo que esse bezerro que está sendo formado possa expressar todo seu potencial genético. O contrário também é verdadeiro, pois quando falhamos nessa fase, estamos prejudicando o bezerro para sempre, e se pensarmos em bezerras que futuramente serão matrizes, estamos prejudicando gerações.

Historicamente, os bovinos mantidos a pasto sem suplementação correta perdiam peso durante esse período de seca. Hoje, conforme vimos, é possível montar um planejamento eficiente, de baixo custo, onde os animais podem manter sua condição e ter pequenos ganhos. Com isso, podemos afirmar que mesmo mantendo o peso, estamos tendo lucro, pois do contrário, além da perda, teríamos que usufruir de uma boa parte do período de águas para recuperar essas perdas, o que leva a um prejuízo que se perpetua ano após ano.Fazer o animal ganhar peso não é difícil, o desafio está em fazer isso de maneira viável, por isso priorizamos a reserva de capim e a suplementação para obter ganhos que mesmo pequenos são lucrativos.

A suplementação tem por objetivo “corrigir” as deficiências do alimento, de maneira que possa atender as necessidades fisiológicas dos animais. Basicamente essas necessidades variam de acordo com a categoria, peso e objetivo desse animal. Vacas tem o objetivo de parir um bezerro por ano e produzir leite, que no caso de uma vaca de corte será destinado ao bezerro, e da vaca leiteira será ordenhado. Como a produção de uma vaca leiteira é maior, as necessidades dela também são maiores, porém os princípios básicos de nutrição são os mesmos, e temos sempre que atender as exigências de manutenção, produção e reprodução.

Por último, qual é a importância do produtor basear suas ações sempre com orientação de um especialista da área? 

A pecuária é uma atividade muito dinâmica, e norteada por ciclos, sejam eles climáticos, fisiológicos e até comerciais. Um bom técnico conhece esses ciclos e vai orientar o produtor sobre sua atividade, com ajustes na suplementação, estratégias para os diferentes períodos, fazer uma programação de reserva forrageira, sempre pensando em atender as necessidades fisiológicas dos animais, utilizando melhor os recursos e tornando a atividade eficiente, produtiva e lucrativa.

O Grupo Solo Fértil atua não somente com fertilizantes e produtos para nutrição animal, como também dispõem de um departamento técnico com profissionais prontos para orientar o produtor dentro dessa cultura nutricional de respeito a fisiologia animal e maior lucratividade para o produtor, pois manter os nossos clientes lucrando com a atividade é a chave para o sucesso da empresa.

A empresa disponibiliza diversas linhas de produtos para os diferentes biomas e situações, períodos do ano, categoria animal e sistemas de produção. Um desses produtos é :

Rúmen Master Virginiamicina + Monensina 40

OS EFEITOS ATRIBUÍDOS AO USO DO RUMEN MASTER VIRGINIAMICINA + MONENSINA 40 SÃO:

Maior concentração ruminal de propionato.
Menor concentração ruminal de acetato.
Menor concentração ruminal de butirato.
Menor concentração ruminal de lactat.
Maior pH ruminal em animais estressados.
Menor produção ruminal de metano.
Decréscimo na ingestão de dietas à base de grãos.
Aumento na ingestão de dietas à base de forragem.
Aumento na retenção de forragem no rúmen.
Decréscimo na taxa de passagem ruminal.
Aumento na digestibilidade da MS.
Aumento na digestibilidade da proteína.
Decréscimo na desaminação ruminal.
Decréscimo na proteólise ruminal.
Efeito de proteção da proteína.
Modificação no escape ruminal da proteína.
Modificação no escape ruminal do amido.
Modificação na população microbiana ruminal.
Aumento na glicose circulante.
Modificação no substrato para gliconeogênese.
Puberdade mais precoce em novilhas.
Redução no número de pupas de moscas nas fezes.

Promove ganho de peso quando utilizado na alimentação bovina. Além de
melhorar a eficiência alimentar. Se o foco do produtor é engordar o boi e
acelerar esse ganho de arrobas, esse é o aditivo certo para manter sempre no
cocho.

A inclusão da virginiamicina nas dietas para vacas leiteiras tem reduzido o risco de acidose láctica, estabilizando o pH ruminal e aumentado a utilização da energia da dieta. Pesquisas posteriores mostraram que isso ocorria devido ao fato de a virginiamicina melhorar as condições de fermentação ruminal, causando a morte por inibição da síntese protéica da membrana celular de bactérias gram-positivas, incluindo Streptococcus bovis e Lactobacillus sp., que são grandes produtoras de ácido láctico. Estudos realizados por Pasierbski et al. (1992) e Kraszewski et al. (1993) revelaram que a adição de virginiamicina na dieta de vacas leiteiras resultou em incrementos de produção de leite da ordem de 26,2% e 9,1%, respectivamente.

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