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Cetose: doença comum e silenciosa nos rebanhos leiteiros

A cetose é uma doença metabólica que afeta animais de alta produção, especialmente as vacas leiteiras. Conhecida como acetonemia, é causada devido uma alteração do déficit de energia do animal, pois a quantidade energética que o animal consome não atende à sua demanda.

Por que ocorre ?

No início da lactação, a vaca passa por um processo no qual o apetite diminui, fazendo com que consuma menos energia do que necessita para se manter. Por isso, seu organismo passa a utilizar a gordura corporal. Essa gordura mobilizada é transformada, em compostos utilizados como fontes de energia para o animal. Porém, quando o animal está com cetose a produção desses compostos ultrapassa a capacidade do organismo, e consequentemente, ocorre o acúmulo na corrente sanguínea prejudicando o animal inclusive na eficiência reprodutiva.

Sintomas:

É muito comum encontrar casos de cetose em vacas leiteiras, porém existe uma grande  dificuldade em diagnosticar a doença, já que na maioria das vezes a forma apresentada da doença é a subclínica, ou seja, não aponta nenhum sintoma. Porém, quando a doença se apresenta na forma clínica, alguns sintomas são perceptíveis:

  • Perda de apetite
  • Sinais clínicos nervosos – sonolência, olhar fixo, cambaleio, ataxia, andar em círculos, espasmos e cegueira parcial
  • Pode apresentar comportamentos bizarros, como agressividade e delírio
  • Odor de acetona no hálito, urina e até no leite
  • Diminuição da produção leiteira
  • Rápida perda de peso
  • Alguns animais podem apresentar excitação, mas em sua maioria ficam apáticos

Diagnostico:

Por ser difícil o diagnóstico da cetose na forma subclínica, recomenda-se que seja realizado o monitoramento constante dos animais, observando o comportamento, a alimentação e os outros índices zootécnicos, além de fazer regularmente os exames através do leite, sangue e urina.

Prevenir:

Prevenir ainda é o melhor remédio por isso é importante fazer um balanceamento correto da dieta de novilhas e vacas no período de transição. Monitorar o escore corporal para que o animal não esteja muito gordo no momento do parto. São cuidados simples e que farão com que a cetose fique longe do seu rebanho de leite.

Tratamento:

O ideal é que o profissional da área avalie o quadro da vaca e proponha o melhor tratamento. De acordo com pesquisadores da Embrapa Amaury Apolonio e Tânia Dantas, o tratamento é feito, utilizando-se 500 mL de glicose a 50%, durante três dias por via endovenosa e de 150 mL de propilenoglicol pela via oral e pelo mesmo período de tempo. Casos graves podem ter esse tratamento associado ao uso de glicocorticóide e insulina (0,33 U/Kg de peso vivo a cada 12 horas), também durante três dias.

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